Susana Bastos e Marcelo Alvarega. ph. Studio Tertúlia

A ALVA nasceu do encontro entre a arquitetura e a arte. Fundada em 2012 pelos irmãos mineiros Marcelo Alvarenga e Susana Bastos, a marca reflete a união de repertórios distintos, mas profundamente conectados — ele, arquiteto; ela, artista visual e estilista. Uma complementaridade que, desde o início, se revelou fértil para o surgimento de objetos e mobiliário que desafiam a função tradicional e propõem novas formas de habitar o cotidiano.

Vindos do interior de Minas Gerais, cresceram observando o avô João transformar madeira em utensílios com as próprias mãos. Essa experiência sensível com a matéria e com a criação autoral moldou, desde cedo, um olhar curioso e experimental sobre os objetos à volta. Mais tarde, vieram as formações acadêmicas — Marcelo em Arquitetura pela UFMG, com passagens por escritórios como o de Isay Weinfeld; Susana em Artes Plásticas pela mesma universidade, além de uma trajetória consolidada na moda à frente da direção criativa da Coven por quase uma década.

Com a ALVA, os dois reencontram o gesto manual e investigam as possibilidades expressivas da forma, da textura, da função. Cada peça nasce de um olhar que cruza memória e invenção, racionalidade e afeto, estrutura e fluidez. A criação aqui não parte de uma fórmula, mas de uma escuta atenta — ao material, ao tempo, ao espaço e às histórias que os objetos podem contar.

Ao longo da trajetória, a marca participou de feiras como a MADE – Mercado, Arte, Design, firmou parcerias com nomes como a ETEL e vem sendo representada por galerias e lojas de design pelo Brasil. Em 2018 Marcelo e Susana receberam o Prêmio Casa Vogue Design, na categoria “Talento em Ascensão”, e em 2019 foram premiados na categoria “Design de Coleção” com as Mesas Piscina. E em 2025, a Alva foi responsável pela criação do figurino do espetáculo “Piracema”, balé que comemora os cinquenta anos do Grupo Corpo, a principal companhia de dança brasileira.

Mais do que móveis, a ALVA propõe atmosferas. Lugares íntimos, silenciosos ou vibrantes, mas sempre cheios de presença. Um design que pensa com as mãos, que preserva o gesto artesanal, e que encontra no inesperado o ponto de partida para o novo.